segunda-feira, 18 de maio de 2009

Em tempo de crise

Numa altura em que todos estamos a atravessar uma época de crise, todos começamos a senti-la de uma forma ou de outra. Vê-se o desemprego a aumentar, os problemas a agudizar, as vendas das empresas a diminuir e mais problemático ainda, as pessoas a retrair no investimento... O mal-estar é geral. Ainda que se tenha trabalho, todos mostram receio em investir e têm medo de perder o pouco que se conseguiu com algum esforço.
Em tempo de crise, e segundo um estudo efectuado pouco tempo, o ramo que mais desenvolve é o cinema. Já após a crise de 29, foi no cinema que se apoiaram a maioria das pessoas... Mas convenhamos que no nosso país, o cinema ainda é muito novo, muito amador... Temos realmente alguns cineastas que começam a mostrar o seu trabalho e a serem reconhecidos lá fora, mas ainda assim, a sua expressão é muito pequena. Será que poderemos dizer que o nosso país aposta sobretudo na televisão? Se isso for verdade, caminhamos numa linha muito frágil e pouco sedutora... As pessoas gostam de novelas, em programas de histórias mal-contadas ou mal-interpretadas. Ainda assim, tenho de admitir que até nesse campo já demos grandes avanços. A qualidade tem-se mostrado cada vez mais positiva. Mas imagino que somente aí se poderá ter alguns progressos para tentar imitar o que acontece na América, pois foram eles que mostraram uma aposta no cinema na anterior crise.
Mas se do outro lado do Atlântico apostam no cinema em tempo de crise, a verdade é que as noticias que vêm de lá, não mostram grande aposta (e aqui é em todos os campos: empresariais, sociais, culturais...) Mas entende-se que o cinema seja um dos campos onde se aposte em tempo de crise. Senão vejamos: não é o cinema um despontador dos sonhos? Não leva o cinema a fazer sonhar as pessoas? Esse é o palco de todos os sonhos... Esperemos que os sonhos vindouros sejam tão hilariantes como todos os filmes que foram criados no século XX, pois desta forma, a crise será rapidamente ultrapassada, pois todos temos um filme das nossas vidas...

Sem comentários:

Enviar um comentário