terça-feira, 26 de maio de 2009

Mais um campeonato findado

Como aconteceu no inicio da época, fui ver mais um jogo do Sporting Clube de Portugal ao estádio. Desde há algum tempo que me identifico com o desporto rei. Dei comigo a pensar e a constatar que gostava realmente de futebol, e que toda a envolvência que o desporto tem, é bem mais forte no estádio. Vibra-se com as jogadas, mordemo-nos aquando um remate, gritamos quando não concordamos e empolgamo-nos com toda a dimensão do estádio. Vive-se diversas emoções nos 90 minutos que cada jogo tem.
A minha equipa, este ano, ficou em segundo lugar, mas nem por isso deixei de ir ao estádio ver último jogo. Para além de que, cada vez que vou ao jogo, vou sempre com um grupo de amigos bem dispostos e amantes da equipa, tal como eu.
Mas o mais invulgar é que nunca joguei futebol e há 8 anos atrás não achava o futebol nada animador e até sem sentido. Aos poucos, fui-me apaixonando por este desporto e hoje, ainda que não jogue, gosto imenso e vibro com o futebol.
Dizia-me uma amiga minha há uns anos atrás, a meio de uma conversa entre um amigo e eu: "Cala-te, que tu não gostas de futebol!!!" Não tinha entendido que eu mudara de opinião sobre o futebol. E desde então, cada vez que começo a falar de futebol, alguns amigos dizem o mesmo, ainda que agora com ar de brincadeira.
Gosto. E vibro. E tenho intenções de voltar ao estádio para viver as emoções do Desporto Rei.

domingo, 24 de maio de 2009

O circo veio à aldeia

"Meninos e meninas, senhoras e senhores, eis que o Circo subiu à aldeia!!!" Este era o slogan que se ouvia por todas as ruas. As crianças corriam atrás do carro, curiosos por todo um espectáculo que estava guardado dentro de uma grande tenda, colocada no centro da aldeia. Desde quinta-feira que as pessoas, novas e velhas, perguntavam e mostravam curiosidade pelas coisas que envolviam todo o Circo. Essa curiosidade veio aguçar a vontade que as pessoas mostravam em ir e apreciar uma boa noite de circo. Diz quem foi que valeu a pena, que a trupe era muito boa e que fizeram sonhar as pessoas com os seus espectáculos. Todos saíram maravilhados. As crianças tentavam imitar o mago, ou então as pessoas reviviam, em conversas, os truques dos palhaços, ou então a leveza que as contracionistas apresentavam...
Confesso que não sou admirador das artes circenses, a não ser em casos pontuais... Mas ainda assim, creio que todo o seu espectáculo é dignificante, bastante animador e misterioso. As pessoas saem dos espectáculos sempre animadas e satisfeitas com o que viram. Lembro-me que, quando era miúdo, todos os Natais o meu pai me levava a ver o "Cirque du Soleil", em Paris. E se dissesse que ainda me lembro dos diversos espectáculos que visionei, seria uma verdadeira e grandiosa mentira. Não me recordo e até guardo alguma tristeza. A ideia que tenho sobre essa trupe é que faz sonhar e deixa as pessoas embasbacadas em cada espectáculo. Quem sabe se com este espectáculo na aldeia não volte a ir ao circo?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Em tempo de crise

Numa altura em que todos estamos a atravessar uma época de crise, todos começamos a senti-la de uma forma ou de outra. Vê-se o desemprego a aumentar, os problemas a agudizar, as vendas das empresas a diminuir e mais problemático ainda, as pessoas a retrair no investimento... O mal-estar é geral. Ainda que se tenha trabalho, todos mostram receio em investir e têm medo de perder o pouco que se conseguiu com algum esforço.
Em tempo de crise, e segundo um estudo efectuado pouco tempo, o ramo que mais desenvolve é o cinema. Já após a crise de 29, foi no cinema que se apoiaram a maioria das pessoas... Mas convenhamos que no nosso país, o cinema ainda é muito novo, muito amador... Temos realmente alguns cineastas que começam a mostrar o seu trabalho e a serem reconhecidos lá fora, mas ainda assim, a sua expressão é muito pequena. Será que poderemos dizer que o nosso país aposta sobretudo na televisão? Se isso for verdade, caminhamos numa linha muito frágil e pouco sedutora... As pessoas gostam de novelas, em programas de histórias mal-contadas ou mal-interpretadas. Ainda assim, tenho de admitir que até nesse campo já demos grandes avanços. A qualidade tem-se mostrado cada vez mais positiva. Mas imagino que somente aí se poderá ter alguns progressos para tentar imitar o que acontece na América, pois foram eles que mostraram uma aposta no cinema na anterior crise.
Mas se do outro lado do Atlântico apostam no cinema em tempo de crise, a verdade é que as noticias que vêm de lá, não mostram grande aposta (e aqui é em todos os campos: empresariais, sociais, culturais...) Mas entende-se que o cinema seja um dos campos onde se aposte em tempo de crise. Senão vejamos: não é o cinema um despontador dos sonhos? Não leva o cinema a fazer sonhar as pessoas? Esse é o palco de todos os sonhos... Esperemos que os sonhos vindouros sejam tão hilariantes como todos os filmes que foram criados no século XX, pois desta forma, a crise será rapidamente ultrapassada, pois todos temos um filme das nossas vidas...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pensamento Herculano

"Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender."

Alexandre Herculano

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Alturas

Quando éramos pequenos, não tínhamos a noção do feito que subir a uma torre, ir a um miradouro ou estar junto a uma falésia e olhar para a profundidade e altura tinha em cada um de nós. Em conversa entre amigos sobre a possibilidade de realizar um passeio num balão de ar quente, vi que, quanto mais velho nos tornamos, mais receio temos de subir a determinada altura.
Isto quer dizer que começamos a ter vertigens. Tudo isso porque temos receio de cair. Não sentimos segurança na altura em que estamos. Começamos a ter medo e a sentir que não é muito seguro estar tão perto de tal perigo. E isso, segundo algumas opiniões analisadas, vai-se ganhando ao longo dos anos. Será que vamos perdendo a adrenalina? Deixaremos de sentir a aventura correr pelas veias? A experiência vai trazendo novos receios.
Contudo, creio que o problema poderá estar na visão. Também perdemos visão ao longo dos tempos e quando nos abeiramos de um precipício ou de uma janela de determinada altura, começamos de focalizar, de forma precisa, as coisas. Esta também pode ser uma ideia a analisar. Eu ainda não tenho tanto receio assim de me empoleirar. Claro que já não tenho o mesmo à-vontade que tinha enquanto miúdo. Mas sentir a adrenalina de passear num balão de ar quente e olhar em meu redor para vislumbrar toda a plenitude de uma paisagem, são momentos únicos e que focalizam a atenção e o olhar decididamente. Não é uma questão de ser rebelde. É simplesmente pelo facto de aproveitar outras sensações e momentos que ainda não concretizei.