quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bruxas em Portugal

    Hoje seria uma boa noite para a caça às bruxas. Nunca como agora, no país real, teríamos tantos motivos para o exorcizar. Diriam os velhos da aldeia: parece que está tudo embruxado. Não deixam de ter razão... Senão vejamos. Vivemos num país na eminência de entrar em bancarrota ou então de ser vendido aos retalhos a diversas nações (quem dá mais? quem fica a ganhar? quem está por detrás destes negócios?) Somos comandados por outros que são um verdadeiro desastre (é impressão minha ou todos os países da Europa estão a viver em sufoco? Não era um projecto comum a solidariedade entre os paises da União?) Temos um primeiro-ministro que vive na incredulidade, num mundinho errado e mal fundado, pensando que está correcto, que a sua receita fiscal é a correcta e que salvará o país, tal como o mito sebastianista (não terá ainda olhado ao seu redor, vendo que a grande maioria diz estar errado, nomeadamente no seu partido?). Temos um ministro das finanças que está pactuado com Alemanha, olhando para o país com indiferença, como se a culpa fosse do povo todo o gasto feito até então, desculpando os políticos das medidas que tomaram nos últimos anos (que mal lhe fizemos? O investimento foi pouco nos seus estudos?). Não temos poder de compra, pois num país onde se ganha 1000 euros somos considerados ricos, dizem que teremos de acertar os nossos esforços com o que ganhamos e com o que gastamos, segundo a nossa produtividade (difícil e duro... Os portugueses só gostam de festa... Ganhamos demasiado...). Não se ganha nada de mais, sobrando muito pouco ou nada, tendo que contar no final do mês o custo de todas as despesas que são celebradas e cumpridas.  Queremos que nos deixem viver e que não nos encurtem as possibilidades. Mas parece que a luta não nos serve de muito... Somos levados pouco a sério. E mesmo que façamos algo, parece que somos ignorados... A quem devemos chegar as nossas queixas, se ninguém nos ouve? Só mesmo nas eleições? E durante 4 anos temos de aceitar estas posturas de ditadura? As bruxas já nos ocuparam e deixamos que sejam elas a lançar os feitiços. Que no existen brujas, pero que las hay, las hay...
    Enfim... Não é uma questão de gastar muito ou pouco. É uma questão de se viver. Simplesmente.
    Vamos ver como estão as bruxas pela noite. Pode ser que entreguem bom augúrio.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Novos desafios

   A vida, lá fora, continua e nem nos damos conta da passagem do tempo quando abrimos os nossos mundos paralelos. Os desabafos são feitos ao vivo, em tempo real. E tanta coisa nova a acontecer que nos esquecemos de voltar aos nossos lugares... E sem os desabafos feitos aqui, parece que o meu rasto se perde mais um pouco. Neste momento, e em análise, vem-me uma serie de informação que deveria ter sido colocada em texto, mas as palavras fogem-me, sem saber por onde começar.
   Num ápice, novos trilhos ficaram disponíveis. E opta-se pelo desejo que sempre se ambicionou. Ao longo do tempo, vemos que na vida há percursos que podem ser mais dispersos do que se julgava.
   Desde o inicio de agosto, muita coisa aconteceu. Um fabuloso caminho por terras minhotas a caminho de Santiago Maior, um verão a guardar memórias e objectos para preparar os novos desafios e fechar mais um ciclo, à mudança desejada para a cidade da luz natural. Diríamos que as coisas foram correndo de feição. Mas o passado vem comigo... As pessoas, os lugares, os momentos... Tudo isso faz uma pessoa. A verdade é que os caminhos podem ser dispares.
   Todo este tempo, enquanto caminhava nos meus pensamentos em estado directo, vi que há decisões que devem ser tomadas de animo forte e sentido. Em que cada passo dado deve ser firme e convicto. Sim. É verdade que algumas vezes nos podemos perder. Em análise, há uma solução a cada momento: voltar atrás, ver onde está o erro e seguir em frente.
   É verdade que as lágrimas vão sendo cada vez menores. Dureza das coisas. Mas é essa a imagem que transparecem os adultos. Algo que marca o azedume de alguns caminhos trilhados. Nada como assumir o que se ambicionou.
Venham novos desafios e novos MOMENTOS para poder partilhar aqui ou em directo. As memórias são um bem precioso. Espero poder ir guardando algumas delas por aqui. Faz-me falta escrever.