quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pensar



Há um vazio. Algo que está sem opinião. Todos os caminhos que se vislumbram no horizonte, estão estagnados, parados. Não se avança. Pensa-se, pensa-se, pensa-se e depois de muito pensar, não se consegue retirar uma conclusão, de forma a caminhar por um trilho que, ao menos, possa vir a ser uma aposta ganha. Ou não... Vive-se o momento. Trabalha-se, estuda-se, luta-se. E no meio disto tudo, pensa-se. São muitos minutos a pensar.


E o que se pensa? Nas horas de trabalho que se tem, no prazer que ai advém. Na família e amigos que se encontram distantes. Nas histórias que todos os dias nos preenchem a memória. No desejo de se conseguir ver o que desejamos como futuro.


Está-se ansioso por novos acontecimentos. e nada vem. Está-se suspenso a momentos que são oferecidos pela comunicação, ou por conversas estabelecidas com os pares, ou mesmo pelos textos (momentáneos ou não) que todos os dias se lêem.


No meio disto tudo, quando penso - e com tanta informação - não consigo evoluir. Penso, penso, penso, mas não retiro uma conclusão de tanto pensar. E por isso, vivo. Não me esqueço dos assuntos. E se o Homem é curioso, eu também retiro a minha quota parte de curiosidade. Mas gosto de ter as coisas esclarecidas, bem estudadas, ou até mesmo desenvolvidas com toda a informação. Gosto de saber quais as causas ou as razões de tudo o que se tem vontade de saber. O porquê das coisas acontecerem. Qual a história ou o resultado que cada momento tem. Que futuro posso ambicionar para mim. Gostaria de apostar mais em mim, em muitos aspectos.


Não deixarei de pensar. E quase arrisco a dizer que o resultado de tanto pensar, nunca terá uma satisfação plena, pois outros desafios serão colocados e continuar-se-á a pensar. Mas viva-se. Ao menos, aproveita-se para se sentir útil. E depois de tudo isto, chegar-se-á a uma reflexão: o grande culpado de tanto pensar não é tão somente que o tempo. Esse que nos persegue e nos obriga a ter de pensar tanto. De buscar o que sempre queremos. De ambicionar o desejo.

domingo, 22 de maio de 2011

A máquina de Amor Electro



Já me tinha esquecido de ir em busca dos cantores, grupos e bandas que via com frequência, quando ainda vagueava pelas ruas da Capital do Império. Este grupo foi uma evolução que fui presenciando e que, numa determinada fase da vida, a ligação foi cortada. Há coisa de dias, voltei a ter contacto com o grupo e vi esta musica, que me deixou, uma vez mais, encantado com o resultado. Marisa Pinto e a sua voz inconfundível. Muito bom. Recomendo que vejam a sua participação em diversos projectos.




terça-feira, 10 de maio de 2011

Nespresso via correio



Hoje recebi via correio um pequeno presente muito querido. Achei um máximo!! Desde o café ao postal (que tenho postado no meu frigorífico), achei o gesto lindíssimo. Já me ri um bom bocado, pois as conversas são como as cerejas e tive de engolir as minhas próprias palavras, após uma conversa algo divertida. Bem haja pela surpresa, J.R. Foi muito divertida e bem escolhida.

domingo, 1 de maio de 2011

O que é que fica?

O cansaço é visível.
A saturação começa a trazer os seus dissabores.
A procura ou o encontro começa a ser desprovido de sentimento.
O frio e a desconfiança estão latentes.
Tudo é motivo para parar e pensar, muito, sobre algo que deveria ser simples e de decisão fácil.

E aí, reside a insatisfação.

O tempo é rápido.
As vontades soam a falso.
O simples desejo pode motivar a mais vil mentira ou a maior ilusão.
Tudo é válido, até a mais dura (in)verdade.

E aí, reside a desilusão.

Ainda assim, há momentos bons.
Pequeno-almoços surpreendentes.
Conversas (desconhecidas) que nos servem de um bom desabafo.
Uma tarde a não pensar e descansar, contemplando simplesmente.
Uma esplanada onde a cumplicidade pode descansar a alma.
Um jantar animado e inteligente, onde os sorrisos estão presentes.

E aí, reside a vivência.

Mas tudo não passa de histórias.
Histórias como as que estão nos azulejos decorativos do nosso país.
Todos sabemos que contêm (a sua) história, mas estarão levados ao esquecimento.
E a sua quantidade é ínfima e morosa.
O que nos leva a escolher o melhor painel, como base de referência.
Desejando que essa história seja a única retratada em cada traço.
Mas nem sempre encontramos o melhor barro para a sua feitura.

E aí, reside o cansaço...