segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Legislativas|09

Após mais uma campanha eleitoral para as Legislativas, tivemos algumas reacções que nos dão que pensar. O poder politico em Portugal está bem definido, até pelos próprios intervenientes. Há os Grandes Partidos e os Pequenos. Parece óbvio e não trago nada de novo sobre isso. Mas a verdade é que estas eleições mostraram que poderemos estar a mudar as nossas tendências. A terceira potência auto-intitula-se Grande. Os resultados foram dividos por todos. Ainda assim, pareceu-me que os vitoriosos não se sentiam confortáveis para festejar, que os derrotados sentiram agora o peso de erros cometidos e apontados. Mas houve alguns derrotados que viram motivos para festejar, já que acabaram por colocar mais deputados na Assembleia.

Mas a tarefa parece ser algo espinhosa. O Partido Socialista vê-se agora com uma maioria relativa. E ainda que uma coligação fosse uma possibilidade, os dois partidos que mais se aproximam das ideologias de esquerda (Bloco de Esquerda e o Partido Comunista) não têm deputados suficientes para criar uma maioria absoluta. E só com a terceira potência, o Partido Popular, é que os socialistas poderiam pensar numa coligação, já que Manuela Ferreira Leite sempre negou uma coligação com Sócrates e este vice-versa. Teremos então a necessidade de negociações entre partidos, possivelmente pontuais, fazendo do nosso parlamento um lugar onde se discute cada proposta. É possível que as decisões tardem um pouco mais, mas saberemos que os pontos serão defendidos por todos. Haverá mais desgaste e descontentamento, mas esta foi a vontade da população.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ponderações

As ponderações vão-se tomando ao longo da vida. Somos postos à prova todos os dias e mais de noventa por cento, conseguimos dominar esses meandros. Mas as teias que se apresentam quando menos se espera, faz balançar, desnortear, ponderar, pensar o comum dos mortais. Por essa razão é que há a necessidade de rever algumas posições quando se apresentam. A partir de um momento específico, temos a possibilidade de voltar a pensar no caminho que seguimos e como é que deveríamos reagir a partir de determinado evento. Não há uma data especifica, pois esses contratempos não escolhem data. Ponderamos sobre o facto de termos desnorteado, de termos sido apanhados desprevenidos. E deparamo-nos com um facto único. É que momentos de factor surpresa teremos sempre. O improvável pode acontecer e isso irá sempre mexer. E o desafio é saber como reagir se isso voltar a acontecer. São pequenas sabedorías que se vão ganhando ao longo do tempo.
Ainda que algumas vezes sejam contraditórios o raciocínio e o sentimento, é o equilíbrio dos dois que mantém a estabilidade das coisas. E é nesses momentos que necessitamos de ponderar, de afastar e tirar as conclusões que se devem tirar.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009