quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O medo

O receio que cada um tem em voltar a falhar, em não corresponder ao que se pretende, ao de ser chato ou aborrecido com outros, faz de cada um de nós um elo mais fraco. Em determinadas alturas, queremos agradar tanto alguém que tomamos atitudes que são tidas como maçadoras. A partir do momento que perdemos o norte e tentamos entender o que se está a passar à nossa volta, assola-nos o medo, a descrença, os mitos e os poderes sobrenaturais. Se todos dizem que as bruxarias não existem, então porquê agarrar-nos a mezinhas, a santos, a milagres, a pedidos a alguém ou a algo que não conhecemos? E será que não existem mesmo? Será que a maldade que alguns alimentam ao longo do tempo não virá interferir na felicidade de outros? Toda esta temática leva ao cansaço, à descrença, à frivolidade que, aos poucos, cada pessoa vai construindo à sua volta e sobre si próprio. Deixa-se de acreditar. Leva-se a vida sem um rumo positivo. Ri-se do caminho que cada tropeço nos é dado como desafio.
Como se sai dessas crenças? Alguém tem solução? A mim ocorre-me que a única forma de mudar este estado é vencer o medo, pois é esse que nos obriga a pensar, a fazer filmes, a ser negativo. O medo faz recuar as pessoas, levá-las ao ciume, à tristeza, ao ódio. O medo tem um poder muito forte. Há que combate-lo com todas as forças, ainda que nem as tenhamos. Há que voltar a acreditar que é possível ultrapassar esse obstáculo. Quando as coisas não correrem como desejamos, passemos em frente, voltemos a cair para depois nos erguermos. Uma coisa é certa, o medo não nos pode vencer. Há que acreditar que tudo tem o seu tempo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os percalços

Há erros que se cometem e que, após momentos de lucidez, deparamo-nos com a dura realidade da consciência e do peso que ela acarreta. Muitas vezes essa realidade faz doer, fere, envergonha, mostra que nem sempre se tem o controlo das coisas. Por assim dizer, o desafio é colocado e voltamos ao ponto de analisar todos os procedimentos tomados até aqui.
A análise faz parte dos que querem evoluir. dos que desejam entender as razões dos outros. Enfrentam-se os percalços e pondera-se sobre toda a conjuntura. Volta-se com passos atrás e reflecte-se, para depois voltar a erguer o espírito e continuar as vidas monótonas.
Em causa aqui são os momentos de loucura, pois são esses que muitas vezes nos fazem reflectir. Muitas desses momentos são até tidos como saudáveis, pois estes são o que são, momentos de loucura, de rebeldia, em que tudo é permitido. para depois voltar à calmaria e se seguir com a vida idealizada.
Não creio que seja prejudicial sair da rotina, ser ousado quando não se é, fazer algo que até então nunca se tenha feito, mas desde que sejam estabelecidas regras à priori. Será importante enquadrar aqui a ideia que todos e cada um têm as suas próprias regras e estipula ele próprio os seus limites, não tendo por isso que chocar com as crenças de outros. Mesmo que se tenha uma opinião sobre determinado aspecto ou vivência, esta vale o que vale: é uma opinião. Cada um segue o caminho que deseja, seguindo só o seu trilho, ao ritmo que mais lhe convém. Deve-se simplesmente aceitar visões e vivências diferentes. Todas elas ajudam o implicado a evoluir.