quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cada um tem um pequeno folião dentro de si

Há muito que tenho vindo a notar que, quando o Carnaval chega, as pessoas vão ficando cada vez mais alegres, como se com as festividades carnavalescas a alegria se soltasse... Tenho algumas teorias, ou frases, que podem tentar dar uma justificação a esta euforia...
1 Algumas pessoas têm andado, nos últimos anos, um pouco descontentes com o seu nivel de vida e acabam por tentar cumprir o dito popular "A vida são dois dias e o Carnaval são três...", onde acabam por estravasar a sua alegria nestes dias.
2 Outros aproveitam para colocar a sua felicidade num disfarce, ambicionando que um dia gostariam de ser o boneco que representam, não fosse a opinião publica tão importante para a sua vida...
3 Há quem tente representar o Carnaval do Brasil, com biquinis, musica brasileira, penas, lantejoulas, pouca roupa... Parece-me que se esquecem que estamos em pleno inverno e eles estão em pleno verão...
4 Também há os casos dos que vêm o Carnaval como a época de tradições seculares, onde os "caretos" saem à rua, onde se "chora o entrudo", onde se ouvem as gaitas de foles, e até quem prepare a entrada na Quaresma...
5 Mas a justificação que encontro mais plausivel é, sem dúvida, o facto de, com esta data, deixarmos o Inverno para trás, e darmos as boas vindas à Primavera, com pompa e circunstância. (Não nos podemos esqueçer que ainda falta um mês e meio para a data oficial...)

E mais poderia enumerar sobre estas festividades... Eu próprio já gostei mais do Carnaval. Penso que cada um deve aproveitar para expressar a sua alegria. Eu não sei ainda o que irei fazer... É provável que nao faça nada! Mas vejamos as coisas deste modo: porque é que não tentamos viver toda esta euforia um pouco todos os dias? Possivelmente porque vivemos numa época de septicismo, de descontentamento, de desilusão... Mas é esta alegria que nos faz falta! Não necessitamos propriamente de três dias para alegrar a nossa vida! Basta lembrar momentos agradáveis com amigos, com familiares; boas conversas, jantares; momentos únicos... Aí, se pensarmos um pouco, encontramos um pouco da alegria que está presente nas nossas vidas e que acabamos por somente o mostrar nesses três dias... dentro de cada um de nós há um pequeno folião... Não quero com isto dizer que todos os foliões tenham de ser exagerados, demasiados festivos. Podem ser comodidos, alegres, mas dentro do que para eles é o simples gostar de viver...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Anos Pares

É estranho, hoje cheguei à conclusão que dou mais importancia às idades pares do que às idades impares... Ou melhor, tenho mais fé, penso mais em positivo, aposto mais nos anos redondos. Há muitos anos que penso que "neste ano as coisas vão realmente mudar". E a verdade é que cada ano redondo tem um marco fundamental no meu percurso de vida. Não quero com isto dizer que as opções, vivências, decisões, alegrias, tristezas dos anos impares não sejam decisivos para mim, mas nos anos pares, deposito mais confiança. E creio que todos nós acabamos de alguma maneira por privilegiar ou um ou outro. Supostamente devido à mística dos números, ou porque achamos que somos positivos ou mesmo negativos em determinados anos. Eu, sendo um ano par, e sobretudo atravessando uma idade par, acredito que este ano vai-me trazer algo de novo, um novo rumo, novas ideias e quem sabe, novos projectos. Que fazer? Sou a favor dos anos pares e deposito toda confiança nesses momentos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Não sei viver sozinho

Ontem juntei alguns amigos e festejei mais um aniversário. Não me encontrava sequer com espirito para festejar, mas eles bem que insistiram e acabei por decidir fazer um jantar caseiro... Foi animadíssimo. Um serão muito bem passado. Conversas boas, histórias ilariantes, momentos para recordar... E dizer que os amigos que estiveram presente, muitas deles nem sequer se encontravam na minha vida há um ano... É exactamente este lado do ensino que nos vai aliciando: muitas vezes encontramo-nos sozinhos numa cidade que mal conhecemos e vamos conhecer outras pessoas que serão o nosso porto de abrigo quando não temos mais ninguém. Estávamos a jantar quando me ocorreu que a saudade neste días é mais assentuada, mas é graças a estes momentos que devemos agradecer em ter alguem a nosso lado. É que eu não sei viver sozinho. Não sou nenhum bicho. ;-)
Bem haja a todos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Vamos fazer por isso

Tenho a noção que nesta altura do ano, muitas pessoas decidem fazer algumas mudanças e tomar algumas decisões... E é nesse espirito que optei também por fazer um balanço ao meu modus vivendi. Gosto de viver um dia de cada vez, viver sem preocupações, decisões... Mas também quero viver num espirito de mens sana in corpus sans... Por isso, mudei algumas rotinas... E acredito que venha a sentir-me
bem com tais mudanças...
Mas também gostaría de mudar outras coisas na minha vida... Ando um pouco angustiado, como que preso a algo ou a alguma decisão que ainda não tomei... Gostava de mudar algumas mentalidades, alguns pensamentos, mas torna-se dificil quando uma pessoa só não consegue mudar o mundo, por muito que faça a diferença. Começo a ficar cansado da mentalidade pequena que o nosso país cada vez mais tem. É incrivel como as pessoas têm receio do que os outros dizem, o que podem pensar ou como poderão agir... Vivem na sombra dos comentários, na penumbra de uma aparencia. E parece-me que eu também acabo por viver à mercê dessas pessoas e dos seus comentários...
Por isso, espero que 2008 traga novas resoluções, novos destinos, novos modos de estar e até novos hábitos de vida... Provávelmente, dentro da minha concepção de felicidade, muitas destas opções ajudariam a tornar todo um processo mais agradável... vamos fazer por isso!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Passeio de domingo


Finalmente fui visitar o Castelo de Estremoz...

Há muito que adiava esta visita, mas hoje decidi sair de casa e dar um passeio a pé, pela cidade que me acolheu hà 4 meses. Andei pelas ruas, subi algumas quelhas, olhei para becos, li as informações que se apresentavam e observei todo um cenário que se desvendava perante a minha pessoa. E a verdade é que descobri coisas curiosas e dados interessantes. Fiquei a saber que Estremoz, desde muito cedo, se tornou a sala de armas, a sala de visita entre Castela e Portugal. Que muitos dos descendentes reais tinham uma grande afinidade com a cidade. E que até algumas decisões importantes para o reino foram tomadas aqui.

Mas o que realmente me cativou foi a sua beleza natural, o seu espêndor único, o poder de nos fazer recuar no tempo e de imaginar toda uma história que ocorreu nos paços desta cidade. E a sua altiva vista também nos faz parar um pouco e contemplar toda sua riqueza. De um pequeno monte nasce esta beleza.


Em busca de um rei...


Há lugares que se mostram encantadores, que nos podem transportar para outra era, que nos levam a imaginar épocas, que nos fazem pensar em diversos momentos... Lugares esses que frequentemente são optimos para meditar, apreciar, descansar, recarregar baterias... Onde cada pedra conta uma história, cada rua pode ser uma surpresa, cada povoação mostra-se uma descoberta...


Estive hoje em Monsaraz, pequena vila situada nas cercanias da barragem do Alqueva. Foi um momento impressionante... O dia apresentou-se cinzento e com nebelina, e ainda que não se pudesse contemplar o esplendor de Monsaraz à sua chegada, deu para andar pelas ruas em busca de um rei que tardava em chegar, sempre na esperança de o encontrar... (O famoso saudosismo...) Vagueando pelas ruas e becos, foi-se encontrando figuras silenciosas que, imóveis, davam movimento e vida a esta vila enevoada... Cada uma apresentava uma função única, num lugar preciso e com a sua importancia na pequena história que a vila desejava contar. Seguiu-se a procura e em vez de encontrar um rei saudoso, encontrou-se três viagantes com presentes ao colo para entregar ao pequeno rei nascido. Após este quadro, toda a visita tornou-se mais introspectiva, um encontro com a história, com a cultura, com o intercambio, com o pensamento e com a paz, à amizade, à alegria e à diversão.
Agradeço que o tempo se tenha apresentado desta forma, pois tornou o momento único e de certo modo especial. Ou seja, um momento, um determinado lugar, pode representar uma vivência agradável e uma recordação a guardar.


Voltarei um dia para contemplar toda a sua beleza, mas noutra
prespectiva.

Não são grandes carros, mas os anúncios...

Dizia-me alguém há pouco tempo que a Seat não faz grandes carros, mas consegue fazer grandes anúncios... Vale sem dúvida pela sua banda sonora

Meravigliosa creatura sei sola al mondo
Meravigliosa paura di averti accanto
Occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
Amore e vita meravigliosa
Gianna Nannini Meravigliosa creatura
http://www.youtube.com/watch?v=Lu-F-MUQhiw

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Upside Down

Mais uma musica para nos fazer subir o astral... E nos levar a pensar que pode haver gente que esteja bem pior do que nós... Cada um de nós tem preocupações e tenta digeri-las da melhor forma. Pensamos muitas vezes que seremos provavelmente as pessoas mais infelizes existentes no planeta, e são os nossos problemas que nos causam tal sensação. Por isso, esta musica é dedicada a todos os que lutam por se sentirem melhor, ainda que estejam em baixo.

"I wanna turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to mother nature's songs
I don't want this feeling to go away"
Jack Johnson, Upside Down