segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um dia 23 simples

Vagueei durante muito tempo neste dia.
Acordei, com a sensação que não deveria programar nada. Na noite anterior, como forma simples de marcar a data, tive direito a um pequeno brinde com os companheiros de casa. Estavam desejosos de se ir deitar. Lol Achei simpático da parte deles. Eu sabia que no dia seguinte eles teriam de se levantar cedo, mas não quiseram deixar passar impune o momento. Fiquei então sozinho, com os meus pensamentos e momentos de lembrança, até às 17h00 da tarde.
Durante esse tempo, fui recebendo mensagens, que eu amavelmente fui respondendo. Confesso que é das coisas que mais me agrada são as mensagens ou os telefonemas que se vai recebendo. Fica-se sempre expectante de saber se as pessoas que temos à nossa volta, os amigos e os familiares nos irão dizer algo. Temos sempre receio que tal ou tal pessoa não nos ligue...
Mas decidi então não marcar nada. Deixar que as coisas fossem acontecendo ao sabor das horas que iam passando. Saí de casa para comer algo. Assim que cheguei à rua, onde o sol reinava na sua plenitude, liguei a um amigo. Disse-me que estava cheio de trabalho. E conversa vai, conversa vem, acabou por não poder vir ter comigo. Decidiu combinar para mais tarde. Pois... por essa razão decidi manter o meu plano. Não liguei a mais ninguém e reservei este momento só para mim. Comprei o jornal, O i ou o Publico, creio... Sentei-me numa esplanada, fiz o meu pedido e perdi-me no meio do meu mundo da minha sede de informação. Deliciei-me durante largos minutos ao dolce fare niente. Após este momento tão desejado, decidi dar-me algum rumo e dirigir-me para casa. Ao passar pelas ruas habituais encontro, ao acaso, um amigo. Foi pura coincidência. Não esperava encontrar-me ali. Foi então que decidimos ir tomar café. Não se recordava da data. Normal. A importância das coisas está na forma como cada um interpreta as suas prioridades. Mas acabamos por falar e colocar a conversa em dia. Esta conversa soube-me muito bem. Voltei a ter o sabor dos bons momentos que há muito não tínhamos. Ri-mos. Falamos de coisas sérias. De relações. E no meio disto tudo, voltei a sentir-me bem entre este mundinho que tempos antes até usufruía.
Despedi-me dele e fui para casa. Aí, aguardavam-me os meus colegas para festejar-me e irmos jantar. Decidiu-se na hora onde ir. Nada combinado, como já tinha sido estipulado por mim, no meu subconsciente. Jantamos, partilhamos, rimos, brindamos. Tudo decorria com a beleza do tempo não combinado. Saímos e fomos ouvir musica ao vivo. Já me tinha esquecido do quanto era bom ouvir boas vozes e instrumentos afinados... Aí estivemos até que o dia findou. Acabei com um sorriso nos lábios. Vários pensamentos me vieram à cabeça. Um ficou certo. E esse, vou manter com a mais pura verticalidade.
É um número redondo. E isso agrada-me. É redondo porque assim o entendo. E com as resoluções do ano anterior, espero que melhore os diversos pontos que me vão magoando ou dando alento para continuar. Há quem falhe, há quem simule, há quem esteja sem paciência, há quem esteja ansioso, há quem queria partilhar, há quem queria estar presente. A todos, um verdadeiro brinde da minha parte.
Gostei do meu dia inesperado.

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