segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Reflexão de fim-de-ano

O mundinho em que cada ser humano vive tem provações e desafios que são verdadeiros testes à robustez e ao crescimento individual, inerente ao que o mundo ocidental acredita ser uma pessoa adulta. Há momentos em que cada um tem de saber lidar com a realidade e saber gerir acontecimentos. A sinceridade e a frontalidade das coisas obriga, qualquer um, a repensar nos actos e nas prioridades. E isso, ou faz crescer, ou fortalece, ou passa dias a pensar em como saber lidar com as coisas que o rodeia.
Todos os dias se cresce um pouco mais. Quando alguém não contacta, é simples: não quer ser incomodado. Quando há desconforto por qualquer motivo, é simples: evita-se tocar no assunto ou ignora-se. Quando não se é desejado, é simples: não se impõem a presença. Pois quando não se tem paciência, é simples: não se responde. Este é um padrão que se encaixa a todos.
Mas no meio de tanta sinceridade e frontalidade, crescer deixa-nos amargos, descrentes de possíveis relações, da alegria entre pares. Pergunto-me muitas vezes, se as pessoas estão realmente dispostas a conhecer os outros, sem influências externas. Não creio, que se tenha paciência na construção de uma relação. O que me assusta é que aqui também se incluem as relações de amizade...
"Não tenho paciência para isto...", "não tenho idade para aquilo...", "olha o figurino...", "não gosto de..., logo ninguém gosta", "Eu é que sei!...", "pois, mas comigo é pior..." são frases que, hoje em dia, fazem parte de uma relação. Será que perdemos a bondade, a generosidade, alegria do outro, a vontade de conhecer melhor os outros, de os entender? Ou simplesmente usamos o outro até onde nos é vantajoso? Teremos todos segundas intenções no momento de agir?
Acredito que, lá fora, haja sempre uma ponta de esperança, onde as pessoas são simples, com algum sentimento.
Esta é a minha reflexão de fim-de-ano.
Desejo um ano novo cheio de novas recordações.

1 comentário:

  1. Pois é amigo, bem vindo à realidade do nosso mundo, nua e crua. Sabes uma coisa, lá no fundo sabes bem quem são os teus amigos ... podes é não crer admitir que outros não o são nem nunca o foram.
    Abraço. Rui Esteves

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