quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Falta de lucidez

O calor das coisas pode levar-nos a acreditar em algo possível, em pequenos momentos... Um dia, queremos, no outro, já não... Deixo-me levar pelo calor do momento, até que me sature. Depois, paro, penso e vejo que não é isto que procuro. Não importa... foi um momento. Uma falta da lucidez... Sigamos em frente.

4 comentários:

  1. Às vezes, em poucas palavras, encontram-se grandes verdades. Abraço

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  2. Até que ponto somos lúcidos quando tomamos as nossas decisões?
    Acredito que estamos lúcidos quando as tomamos, à excepção de nalgumas situações, mas que, por vezes, nos deixamos levar pela corrente... e depois, quando caimos em nós, apercebemo-nos de que não deveríamos ter feito ou dito isto, desta ou daquela maneira, àquela ou àquele... mas estávamos conscientes do que fazíamos! Sabíamos o que se estava a passar mas deixámos andar a "coisa" talvez por preguiça, por nos sentirmos sós, tristes, carentes... quem sabe!? Mas não digas que foi um momento como se fosse um erro... há males que vêem por bem e cada gesto, acção e palavra acarreta consigo consequências não só para nós como também para os outros... principalmente, e na maioria das vezes, para os outros pois deixas-te "levar pelo calor do momento, até que te saturaste"... tem dó! Não menosprezes os outros dessa maneira... deves seguir em frente mas não desculpes as tuas atitudes com alegadas "faltas de lucidez"... o que para ti terá sido um momento, para alguém terá sido muito mais do que isso... quem sabe... um gesto poderá ser interpretado de diversas maneiras e sempre de maneira diferente ;-)

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  3. Hoje, li este excerto algures e não pude deixar de to postar aqui pois não concordo com esta tua divagação... embora sejam momentos, a verdade é que há pequenos momentos que deixam mais saudade do que, por exemplo, um encontro, um namoro, uma pessoa... enfim... lê e depois diz-me se não tenho razão!

    SAUDADES....
    Eu tenho saudades de tudo
    que marcou a minha vida.
    Quando vejo retratos,
    quando sinto cheiros,
    quando escuto uma voz,
    quando me lembro do passado,
    eu sinto saudades...
    Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
    de pessoas com quem não mais
    falei ou cruzei...
    Sinto saudades
    da minha infância,
    Sinto saudades do presente,
    que não aproveitei de todo,
    lembrando do passado
    e apostando no futuro...
    Sinto saudades do futuro,
    que se idealizado, provavelmente
    não será do jeito que eu penso
    que vai ser...
    Sinto saudades de quem me deixou
    e de quem eu deixei,
    de quem disse
    que viria e nem apareceu;
    de quem apareceu correndo,
    sem me conhecer direito,
    de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
    Sinto saudades dos que se foram
    e de quem não me despedi direito;
    daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
    de gente que passou na calçada
    contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre;
    de coisas que eu
    tive e de outras que não tive mas quis muito ter;
    de coisas que nem sei que
    existiram mas que se soubesse,
    com certeza gostaria de experimentar;
    Sinto saudades de coisas sérias,
    de coisas hilariantes,
    de casos,
    de experiências...
    Saudades
    dos livros que li e
    que me fizeram viajar,
    dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar
    das coisas que vivi e das que deixei passar,
    sem curtir na totalidade;
    Quantas vezes tenho vontade de
    encontrar não sei o que,
    não sei aonde,
    para resgatar alguma coisa que nem sei o
    que é e nem onde perdi...
    Vejo o mundo girando e penso que poderia estar
    sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês,
    mas que minha saudade,
    por eu ter nascido brasileira,
    só fala português embora,
    lá no fundo, possa ser poliglota.
    Aliás, dizem que se costuma
    usar sempre a língua pátria,
    espontaneamente,
    quando estamos desesperados,
    para contar dinheiro,
    fazer amor e declarar sentimentos fortes,
    seja lá em que lugar do mundo esteja.
    Eu acredito que um simples
    "I miss you", ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua,
    nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
    Talvez não exprima, corretamente,
    a imensa falta que
    sentimos de coisas
    ou pessoas queridas.
    E é por isso que eu tenho mais saudades...
    Porque encontrei uma palavra para
    usar todas as vezes em que sinto este
    aperto no peito, meio nostálgico, meio
    gostoso, mas que funciona melhor do
    que um sinal vital quando se quer
    falar de vida e de sentimentos.
    Ela é a prova inequívoca de
    que somos sensíveis,
    de que amamos muito o que
    tivemos e lamentamos as
    coisas boas que perdemos
    ao longo da nossa existência...
    SENTIR SAUDADE,

    é sinal de que se está VIVO!

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  4. Bem haja pelo poema. Na realidade, nunca podemos descorar que há momentos na nossa vida que não passam disso: momentos!!! Esses, por muito que não entendamos da mesma maneira, servem para nos fazer pensar e re-descobrir pensamentos que até aqui, poderiam ser muito diferentes. Agrada-me que não concordes, pois é sinal que vives a vida com outra intencidade, com outra visão. Isso sabe bem e é bom partilhar ocm os outros.
    :)

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