Anda-se errante pela estrada da vida.
Analisa-se cada um dos caminhos que se decidiu seguir.
Uns foram abandonados por decisão própria,
outros foram estradas que não poderiam ser feitas,
e algumas foram cortadas por decisão de outras partes.
Procura-se o que até então não foi encontrado.
Deseja-se ardentemente algo que ainda não pertence a ninguém.
Busca-se, com sentimento, a felicidade.
Viaja-se no passado.
Olha-se para os diversos momentos em que se foi feliz.
E sorri-se...
Mas vive-se também os que não foram bons,
os que fizeram sofrer.
Tenta-se entender os que não resultaram.
E sofre-se...
Tenta-se, muitas vezes, entender o porquê das coisas.
Nem sempre se encontra resposta.
Tem-se receio de confrontar, de perguntar.
Tudo porque essas respostas podem ser dolorosas e falsas.
Já aconteceu...
Vive-se então histórias de forma intensa.
Deseja-se que cada uma seja única.
Idealiza-se um presente, com vista para um futuro.
Mas de forma efémera, muitas acabam sem explicação.
A explicação tem de existir.
Ou com uma que não é dada a conhecer,
como um segredo que a outra pessoa não pode saber.
Ou porque não existe o desejo de escreve-la.
Ou ainda porque há fantasmas, medos, momentos que não são consentâneos.
E vive-se um dia de cada vez...
Espera-se que, nesse caminho, se encontre o que se procura.
Dura estrada é essa que fazem os que ainda acreditam...
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