quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O pais das maravilhas

Ontem fui com os meus meninos a Lisboa para visitar a Expolíngua e a Colecção Berardo, no CCB. E não imagináis as coisas que são necessárias para poder realizar uma viagem destas, toda a burocracia que é necessária para poder oferecer um pouco de cultura aos nossos jovens... Mas lá fui tratando de toda a papelada, de todos os formulários, autorizações antes da nossa saida... Num país onde se está atentar impôr o Simplex, nas escolas estamos a viver o momento do Complex. Mas esse tema são outros tantos...
Não satisfeitos pelo facto de tratar de tudo isto, de estar a trabalhar 12 horas seguidas a cuidar dos alunos, eis que mais um problema nos assolou... Ao entrar em Lisboa, a Brigada de Transito mandou-nos parar. Foram fiscalizar todo o autocarro, ver se tudo estava em ordem. Verdade seja dita que achei correcto, pois estavam a desempenhar o seu papel, mas eis que até neste processo se desenvolve o dito Complex... O agente da autoridade que estava a tratar da vistoria, pediu tudo e mais alguma coisa para atestar a segurança, até à parte em que pediu um documento que desconheciamos existir e que ninguem sabe onde se pode adquirir. Mais! Esse documento deveria atestar a idoneidade de um professor... Ora, se as escolas pedem exactamente esse documento para que possamos exercer a função de docente, o nosso cartão de professor nada atesta! E para além de sermos professores, teremos de mostrar a toda a gente que somos competentes para transportar os nossos alunos a uma aula diferente? Teremos de documentar tudo para que esta seja preenchida com conhecimentos extra e de utilidade cultural? Acabamos por sair do posto sem saber se iríamos ser autuados, quais as consequências que dai advinham, para além de que toda a visita foi atrasada, não conseguindo cumprir com o plano que já estava traçado desde o inicio. Valeu pela companhia, pelo contacto estabelecido com novos conhecimentos, pelos momentos partilhados... Vivemos num país onde fazer e desempenhar bem o seu trabalho ainda tem entraves burocráticos, e pelos quais não entendemos onde isso vai melhorar na qualidade de vida e do ensino para o nosso futuro... É o país das maravilhas!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dislexia na perna - Parte 2

Bem, pensava eu que a saga da "dislexia na perna" tería terminado naquela noite fantástica, mas apareceu mais uma teoria à volta deste termo que tantas dúvidas tem suscitado.

Após uma tentativa de levar algumas pessoas a reflectir sobre o famoso episódio sobre a "dislexia na perna", voltou-se a colocar uma questão que, mais uma vez, me fez pensar: após eu perguntar se as pessoas sabiam o que era uma "dislexia na perna", de pronto houve uma alma que colocou esta pergunta:

"Isso não é um problema na vista, não é?"

Ora esse problema nao se dava na perna? Não seríamos nós afinal cochos da língua? Não!!!! Afinal o problema é mais complexo do que imaginávamos... E acabei por verificar que afinal a minha teoria não estaría assim tão fácil de resolver... Ora vamos tentar decifrar então o que é realmente esta doença tão rara que ainda não temos a certeza de poder vir a ser objecto de estudo.

Realmente esta doença que pensávamos chamar-se "dislexia da perna", não é mais do que um problema na vista... E é por isso que as pessoas pestanejam tanto... Afinal isso é que é uma "dislexia na perna"!!! Mas atenção! As pessoas podem ter um problema na perna e ter um sintoma adjacente que é um problema de visão! (encorre-se no risto de ter graves problemas nos olhos, sendo a causa maior uma visão diminuta podendo chegar à cegueira.) Mas claro que tudo isto é despontado por um problema na perna!!!... Bem, eu sei que não é fácil entender esta tão complexa doença, mas realmente até faz algum sentido: quando as pessoas pestanejam muito, elas apresentam-se nervosas (impossivel pensar que os olhos estão simplesmente a fazer um esforço para ver ou que necessitam de lágrimas para os manter húmidos...) e por aí se vê que a dislexia faz todo o sentido no momento de atacar a visão...

Mas bom, já temos mais um possivel sintoma desta tão curiosa efemeridade... Há mais algum sintoma que deva ser objecto de estudo sobre a "dislexia da perna"? Por favor, deixem as suas historias, afim do departamento médico poder debruçar-se sobre o assunto...


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cada um com a sua panca

Há pessoas que passam na nossa vida e nem damos conta o quanto elas são simples conhecidos... Mas outras passam e acabam por fazer toda a diferença e melhorar a pessoa que somos ou que vamos construindo. Muitas têm o condão de nos dar bons conselhos. Outros há que nem sequer queremos voltar a falar... Mas todos temos uma palavra a dizer quando as coisas não estão dentro dos nossos parâmetros. Esquecemos muitas vezes que o pensamento dos outros pode ser diferente, que pode mudar num simples gesto ou que por um simples comentário as coisas podem mudar... Basta uma palavra mal dita, no momento errado, numa devida situação e ficamos logo com a ideia que as coisas não deveriam ter corrido assim... Mas crescemos a cada acto que tomamos e devemos retirar dessas experiências o lado bom das coisas. Mesmo algo de negativo tem algo para nos ensinar. Vamos crescendo com as experiências que vamos vivenciando, que vamos partilhando, que vamos sentindo e também que vamos aprendendo... Gosto de viver um dia de cada vez, mas o que me garante que estou a viver da forma correcta? Outros há que possivelmente não concordarão com a a minha forma de viver e de agir... Mas também posso não concordar com a vivência dessas pessoas.
A cada um é-lhe conferido uma consciência e que é utilizada de forma pessoal... Não nos cabe a nós julgar os outros, mas devemos viver segundo os nossos valores, e aceitar que há diferenças e que há diversas vivências, experiências, momentos, sentimentos que podem não estar dentro do nosso padrão...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Dito Nicolar

"Um día a minha vida vira um Livro.
Hoje é o día."
Nicola. encontros perfeitos.

Dislexía na perna

Há uns días atrás, tive o mérito de ter uma noite no minimo estranha, e no entanto muito animada e agradável na companhia de amigos... E no meio de muita conversa e brincadeira, houve um momento em que ouvimos mais uma preciosa e pequena pérola... Mas para não correr o risco de me chamarem de injusto e de má pessoa, vou tentar defender o que a pessoa quería realmente referir...

No meio de uma pequena discussão sobre a fisionomia do "pequeno" Thomás, alguém sentiu-se realmente preocupado com o cochear do nosso benjamín... E acabou por partilhar, então, que o pequeno "Canus" tería provavelmente uma "dislexía na perna"... Ora, é claro que todos ficamos a pensar nessa pequena obvervação e tentamos imaginar o pequeno Thomás com uma dislexía num membro inferior... O que se mostrou um pouco dificil, pois desde logo nos foi assolada uma questão... Se ele tem uma dislexía na perna, o que lhe aconteceria se falasse? Sería ele um coxo da fala? Eis uma questão interessante, pois provavelmente as pessoas não sabem, mas afinal somos coxos na fala e não disléxicos... Pois a deslexía na perna dá-nos, sim, um andar novo, algo que pode ser preocupante e que deve ser tido em conta.. Se o seu animal tiver um andar... vá... imaginemos... onde uma perna vai até aos 100 Km/h e a outra a 120Km/h, chama-se a isso então de "dislexía da Perna". Mas vejamos, o conceito até que não está errado, pois muitas das vezes damos trambolhões na língua, podendo ser confundido com um coxo... quantos de nós, num momento de transmitir uma mensagem em voz alta, nao conseguimos referir uma palavra e nos vem logo à memória o bom do "aaaiiii"? Mas pronto, a diferença é que não caimos com a dislexía...