O mundinho em que cada ser humano vive tem provações e desafios que são verdadeiros testes à robustez e ao crescimento individual, inerente ao que o mundo ocidental acredita ser uma pessoa adulta. Há momentos em que cada um tem de saber lidar com a realidade e saber gerir acontecimentos. A sinceridade e a frontalidade das coisas obriga, qualquer um, a repensar nos actos e nas prioridades. E isso, ou faz crescer, ou fortalece, ou passa dias a pensar em como saber lidar com as coisas que o rodeia.
Todos os dias se cresce um pouco mais. Quando alguém não contacta, é simples: não quer ser incomodado. Quando há desconforto por qualquer motivo, é simples: evita-se tocar no assunto ou ignora-se. Quando não se é desejado, é simples: não se impõem a presença. Pois quando não se tem paciência, é simples: não se responde. Este é um padrão que se encaixa a todos.
Mas no meio de tanta sinceridade e frontalidade, crescer deixa-nos amargos, descrentes de possíveis relações, da alegria entre pares. Pergunto-me muitas vezes, se as pessoas estão realmente dispostas a conhecer os outros, sem influências externas. Não creio, que se tenha paciência na construção de uma relação. O que me assusta é que aqui também se incluem as relações de amizade...
"Não tenho paciência para isto...", "não tenho idade para aquilo...", "olha o figurino...", "não gosto de..., logo ninguém gosta", "Eu é que sei!...", "pois, mas comigo é pior..." são frases que, hoje em dia, fazem parte de uma relação. Será que perdemos a bondade, a generosidade, alegria do outro, a vontade de conhecer melhor os outros, de os entender? Ou simplesmente usamos o outro até onde nos é vantajoso? Teremos todos segundas intenções no momento de agir?
Acredito que, lá fora, haja sempre uma ponta de esperança, onde as pessoas são simples, com algum sentimento.
Esta é a minha reflexão de fim-de-ano.
Desejo um ano novo cheio de novas recordações.
Nada como mostrar mais uns pensamentos num local onde possa extravasar... hehehe Deste feito, posso descarregar fustrações, pensamentos, passagens minhas, coisas que são importantes e que me dizem respeito...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Reflexão de fim-de-ano
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Pois é amigo, bem vindo à realidade do nosso mundo, nua e crua. Sabes uma coisa, lá no fundo sabes bem quem são os teus amigos ... podes é não crer admitir que outros não o são nem nunca o foram.
ResponderEliminarAbraço. Rui Esteves