quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma estrela no céu

Durante a noite, sobre o manto de estrelas, nasce um ponto brilhante no meio de tantos outros. Várias vezes tinha contemplado o céu e nunca tinha notado nesta nova descoberta. Observo de novo o astro e pergunto-me: Qual o motivo do seu nascimento? Como pode aparecer uma estrela, assim, sem anunciar? Fiquei a contemplá-la. Foi brilhando, explodindo pelo seu fulgor. E de repente, uma tristeza invadiu-me...
Sem conseguir explicar, do meu rosto soltou-se uma lágrima. Deixou-me nostálgico, algo melancólico. Recordei, sem entender o porquê, os que partiram e os que, possivelmente, salpicam o céu. Imaginei que cada estrela representava alguém que era querido. Pelos diversos motivos: uma partida não anunciada, uma morte inesperada, uma dor que ocupa o peito na impossibilidade de nada poder fazer...
Voltei a contemplar as estrelas e, olhando para o novo astro, veio a meu peito a saudade dos que me eram mais queridos. Esbocei um sorriso pelos momentos esplendorosos que foram partilhados. Mas senti a dor de não ter estado mais presente, de não ter partilhado outras coisas que não foram vividas. Queria poder voltar atrás e poder viver mais, com mais aventuras. Porque agora, quando olho para trás, sinto que não dei tudo.
Por fim, imaginei que cada estrela que brilhava no céu estaria a vigiar os que mais ama. Desejei que o manto aí estivesse para nos velar. Com a tristeza da dura realidade de mais um ente-querido ter sucumbido, mais uma estrela veio guardar-nos e brilhar junto dos que agora sentem a perda...

@ Paula e Edgar

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