quinta-feira, 3 de março de 2011

Seremos nós parvos?

Este ano 2011 ainda agora vai no adro e já se prevêem cenários negros daqui para a frente. Chegam, a conta gotas, estatísticas da última década, e sem grandes surpresas (ou então para aqueles que andavam mais distraídos e fora do país...), denota-se que tudo tem sido feito ao contrário. O desemprego aumentou, a economia viveu sempre enferma (numa recessão sem precedente), os impostos têm sido uma dor de cabeça enorme para todos os contribuintes, o aumento dos produtos tem sido uma realidade para as famílias e agora vêm falar que o futuro dos jovens está comprometido. Pergunto eu: mas não era isto mesmo que se estava à espera? Não foi pedido sacrifícios para benefícios de todos? E para quê? Nos palcos da politica nacional procura-se o culpado da crise dos últimos 13 anos. A preocupação começa agora a centrar-se em cumprir metas que foram impostas e a todo o custo, haverá uma eterna discussão de vários PEC's que trarão mais medidas de austeridade. Sem esquecer que o país estará preso a umas empresas de rathing e de credores que compram todos os dias a divida soberana (com contratos que nem sequer sabemos quais são as NOSSAS implicações), discutindo entre eles se os Portugueses têm capacidade de cumprir e crescer ou não. E a população, impávida e serena deixa passar a procissão...
Muito da geração futura começa agora a equacionar para quê e para quem é que estamos a trabalhar. Os jovens que hoje saem das Escolas, inclusive do Ensino Superior, não conseguem vislumbrar um futuro promissor. Vivem de estágios, de trabalhos precários, muitos trabalhadores mal pagos, em situações duvidosas. Na mesma geração, existem os oportunistas sem escrúpulos e os boys for the job (porque todos sabemos que ainda existem...) que se vangloriam perante todos pela sua situação, pois neste pequeno cantinho à beira mar plantado, é dignificante ter sido colocado por alguém em algum lugar de topo, sem com isso significar que foi por mérito. Há também quem trabalhe duro, fazendo a sua parte na sociedade e que, ainda assim, não consiga manter um sorriso, pois depara-se com um futuro que se prevê precário, onde a qualquer momento, o sistema pode ser alterado, ao sabor de impactos impostos pelos governantes.
E eis a grande pergunta: Em que país vivemos? Quem beneficia com todas estas mudanças? Porque, de facto, alguém terá de ganhar com tudo isto... Impossível pensar que estamos todos perdidos e que não temos rumo! Por muito que falemos e discutamos, dá-me a sensação que somos um povo adormecido, à espera que chegue alguém que nos salve. Ainda que seja lenda, esperamos por um Dom Sebastião que tarda em aparecer na bruma... O receio de não se ter solução para uma revolta é onde reside o medo. Da mesma forma que o segredo dos audazes está na coragem de saber que algo está mal e que se deve mudar. Dos fracos não reza a história...

3 comentários:

  1. Muito bom Francisco! Temo que nem o D. Sebastião consiga salvar a actual situação, em que os nossos doutos governantes nos colocaram...

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  2. Digamos que é o que temos... Nada a fazer. Continuamos adormecidos e sem visão de futuro. Temos de abanar este país para ele acordar. ;)

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  3. eu sou um bruxo... nao e nada do outro mundo so q realmente nos existimos. nos somos pessoas normais, nao fazemos mal a ninguem so queremos buscar alem do q podemos aprender. Tenho 15 anos descobri meu dom aos 6 anos daí eu fui pratincando. se alguem quiser fazer alguma pergunta pra mim e so me manda uma mensagem nesse blog mesmo. brigado pela oportunidade ate mais.

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