quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O confronto de ideias

O confronto do que os outros pensam ser o acertado ou o desejado e a vontade própria que cada um tem é perentório em tudo o que nos rodeia. Não se aceita de bom grado a diferença e em vez de tentar resolver os problemas que se apresentam à nossa frente, comentamos, falamos, barafustamos... E sofremos! Uma conversa, um pedido, umas cedências podem realmente mudar muitas vezes essas opiniões. O mesmo se passa com as tentações. Essas podem não passar de isso mesmo. São tentações. Não quer isso dizer que se passe ao acto. Também é verdade que não temos de aceitar essas atitudes. Mas o sentimento é uno e deseja-se passar dos confrontos para algo mais duradouro.
Contudo, não se deve julgar os outros só por essas atitudes, pois há sentimentos e vontades que nem sempre são alcançáveis. Deixa-se uma porta aberta para a abertura e para a mudança. E uma das mudanças pode passar por um pedido de desculpas. Após aceites, é necessário uma longa conversa para que o confronto de ideais seja afinado. Não é simples, é um facto. Mas após reflexão, há coisas (como mo tinham dito) que vão deixando de fazer sentido. Vai-se analisando o porquê de ter cometido tal infantilidade ou ter vincado tal posição. Agora já não fazem sentido... E até se sente vergonha de algumas posições. Tudo porque se vai crescendo e vendo quais as prioridades, quais as vontades que se tem e quais as asneiras cometidas.
Mas tudo isso só se resolve se houver abertura das partes implicadas.

3 comentários:

  1. Palavras levas o vento...!

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  2. TALVEZ DEPOIS

    deixei de mim as frases que trocamos
    os beijos e o tédio de os não ter
    sem querer nós nos cegámos
    sem querermos ver

    as roupas e os livros não os trouxe
    que se envelheçam cobertos de pó
    por querermos que assim fosse
    deixo-te só

    recuso a sombra, triste véu sobre minha alma
    quero-me longe e sem termores fujo de mim
    esmorece o dia, cai a noite e nao se acalma
    o querer saber qual a razão de ver-me assim

    não sei ser razoável nem espero
    no tempo que pediste pra nós dois
    amar-te assim não quero
    talvez depois
    marcaste em mim a dúvida cinzenta
    do sentimento que te unia a mim
    sabê-lo não me alenta
    melhor o fim

    palavras, só palavras que como alento
    seduzem a minha alma a quere-te tanto
    atrais-me o pensamento como um quebranto

    desculpa mas ainda não me facil deixar de vir aqui...
    deixo-te um poema muito giro cantado pela nossa fadista.

    josé almeida

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  3. Serás sempre muito bem recebido neste cantinho que também serve para ser teu.
    Bem haja pelo poema. Esse fado é tanto de bonito como de forte. e cantado pela nossa fadiste.

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